FATO
NÚMERO 01: sick-lits¹ estão na moda. Para aqueles que não estão familiarizados
com esse termo, explico: literatura
enferma, literalmente. São livros voltados para jovens envolvendo histórias de
pacientes com doenças. Daí temos: A Culpa é das Estrelas, Extraordinário, Antes
de Morrer, etc. São, basicamente, dramas
adolescentes que resolveram extrapolar o mundo dos primeiros amores. Neles, as
narrativas são mais down e o leitor, inevitavelmente, se apega a um personagem
que não sabe se estará vivo até o fim do livro.
FATO
NÚMERO 02: de coração para coração é mais um que tenta pegar carona nessa nova
tendência literária. Segundo a orelha do livro, a autora sempre escreveu sobre
personagens com doenças crônicas ou em fases terminais, mas como ela é
completamente desconhecida no Brasil, é óbvio que só foi lançado por aqui por
modinha.
A trama se propõe a falar sobre perda, amor e renovação. Gira em torno de três
personagens: Elowyn, Kassey e Arabeth. Elowyn e Kassey são melhores amigas,
enquanto Arabeth nunca teve a sorte de ser amiga de ninguém. A vida das três é,
repentinamente, unida de uma forma bastante trágica e inimaginável, e os
destinos delas se confundem.
Apesar
da capa linda que a Novo Conceito preparou e da edição impecável, é aquele tipo
de história fraca para durar mais de 200 páginas. Só existe um acontecimento
extraordinário no livro, e isso é tão claro que o próprio resumo da editora no
fundo entrega o livro todo de cara – porque, claramente, eles não tinham mais
nada sobre o que falar.
É uma leitura
rápida (01 noite!), prova de que falta um pouco mais de consistência e
substância. O livro não tem a pretensão de ter mistério nenhum, o que é uma
pena, pois o leitor não é convidado a supor ou imaginar nada, está tudo ali tão
claro que chega até doer. O tema sugere possibilidades inúmeras, e nenhuma dela
é agarrada de fato pela autora. Uma pena. Resumindo: tudo poderia ter sido
melhor explorado, e muito menos poderia ter sido dito.
¹ Saiba mais
sobre sick-lit
aqui.
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