Por
meio deste texto, confesso: sou completamente aficionada por livros escritos em
forma de diários, cartas ou bilhetes. O Garoto da Casa ao Lado, As vantagens de
ser Invisível, Cartas de um Diabo ao seu Aprendiz... não importa o ano de publicação
ou o gênero literário, eu simplesmente não resisto. E foi justamente por isso
que O Diário de Suzana para Nicolas entrou no meu carrinho no site da Saraiva.
Procurava um bom romance e...
Pimba!
Encontrei o lançamento da Arqueiro que parecia preencher todos os requisitos:
um casal cult encantador, um passado obscuro e um diário que revelará algumas
respostas. Matt então rompe com Katie. Assim, sem explicação lógica nenhuma na
confusa cabeça da editora de NY<3. Na petulante tentativa de tentar explicar
as coisas à Katie sem dizer uma palavra de justificativa sequer, Matt apela
para um artifício que, como poeta, sabe usar com maestria: as palavras. E, no
dia seguinte após o rompimento, Katie encontra um pacote deixado em sua porta
por Matt, que contém um pequeno caderno titulado: “Diário de Suzana para
Nicolas”.
Katie
então passa alguns dias folheando aquelas páginas, avançando conforme suas
dores pessoais permitem. E descobre quem foi Suzana, Nicolas e qual a relação
daquelas pessoas com o seu Matt. Sobretudo, descobre o papel de cada um deles
no fim de seu relacionamento.
O
diário torna-se, então, companheiro de Katie. Por que Matt teria lhe deixado
aquelas páginas?! Através dele ela começa a compreender um pouco mais sobre o
homem que ama. Sobre quais são as verdadeiras prioridades da vida. Sobre qual é
o verdadeiro significado da palavra sorte.
Patterson
intercala passagens do Diário com o dia-a-dia de Katie enquanto lê aquelas
palavras. Ele escreve um romance simples, direto e bonito. Talvez se a história
tivesse sido criada por uma mulher, o livro teria umas cem páginas a mais com
descrições detalhadas de sentimentos e das situações... e disso senti falta um
pouco. James pecou pela falta.
Incomodou-me
também a quantidade de dias que a Katie levou lendo o diário. CARAMBA, eu li o
livro em duas horas! Ou seja, o diário e a vida dela! E ela passou dias
lendo-o! Fico imaginando que tipo de mulher aguentaria ler duas ou três páginas
por dia de um diário que poderia dar muitas respostas para sua vida... eu mesma
sei, como sou uma curiosa de carteirinha, que leria tudo na mesma sentada, não
importa quantas horas levassem!
Enfim,
sabe aquele romance que apesar de ter um final previsível você também sabe que
poderia ter sido melhor aproveitado?! Este é um deles. Depois de ler algumas
pessoas falando sobre este livro, afirmando que haviam chorado e etc, fiquei
até impressionada comigo mesma, pois sou uma chorona assumida. Mas não consegui
me conectar com a história da mesma forma que tinha me conectado com a sinopse.
Talvez eu estivesse apenas em um dia ruim. Talvez um dia eu releia, quem sabe.
Beijos,
A.