17 janeiro 2013

O Hobbit




Sabe aquele livro que você tem em casa há séculos, e justamente por isso sempre coloca outro e outro e outro e outro na frente? Os novos, os emprestados, os que são seriados, os que irão ser adaptados para o cinema... OPA! Foi bem nesse quesito que O Hobbit se encaixou nas minhas listas, e saltou na frente de uns três volumes pelo menos.
Desde que li ‘O Senhor dos Anéis’ prometi a mim mesma que leria toda a obra deste gênio chamado J. R. R. Tolkien. Aliás, gênio é A palavra para descrevê-lo. Sempre admirei essas pessoas de mentes inventivas que conseguem criar outros mundos, outras realidades – Nárnia, Guerra dos Tronos, Harry Potter -  e a Terra-Média, com seus orcs, elfos, dragões e outros supera qualquer expectativa... que sujeito impressionante! Não li O Hobbit logo em seguida por motivos obviamente entendidos por quem leu a trilogia dos Anéis: minha mente pedia um break de tanta descrição. Meses depois engatei a leitura de O Smillarion, mas o outro filho único continuava na estante.
Como muitos já conferiram na adaptação cinematográfica do livro, O Hobbit narra as aventuras de Bilbo Bolseiro, uma pequena e adorável criatura que vivia uma vida confortável em sua toca no Condado. Repentinamente, um mago e mais 13 anões estão em sua sala, comendo toda a reserva de comida do pobre hobbit, planejando resgatar um tesouro guardado por um dragão.  Pouca coisa, não é?! O lado Bolseiro de Bilbo, caseiro e acomodado, nada mais espera do que que aqueles estranhos saiam de sua sala e esqueçam a parte de que ele seria o ‘ladrão’ da trupe. Mas o lado Tuk, um tanto mais aventureiro e corajoso, fica um tanto empolgado com a possibilidade de aventuras por outras florestas e montanhas. Meio querendo, e meio não querendo, Bilbo resolve acompanhar os anões na longa jornada. 
Começa, então, a viagem do grupo liderado por Thorin – líder dos anões - pelos caminhos desse mundo fantástico. O que lemos não é uma simples ficção, é um relato de alguém que parece realmente ter passado por aquilo tudo, como se fosse um velho amigo seu lhe contando algo. Tolkien espertamente interage com o leitor em diversas partes do livro, cativando muitos logo de cara com sua narrativa ímpar – sério, em alguns momentos respondi as perguntas retóricas dele aos ventos! Sua costumeira descrição extremista nos deixa informado desde os formatos dos anéis de fumaça dos charutos até a quantidade de botões da camisa do hobbit. Aqui os acontecimentos acontecem em uma velocidade maior que na aclamada trilogia, porém não com menos emoção. Todas as sensações tem espaço reservado na trama e Tolkien utiliza-se muito bem cada um deles, intercalando-os com canções e charadas muito bem elaboradas.
Ao passo que a leitura avançou, impossível não afirmar que Bilbo teve mais sorte do que coragem. São tantas as situações que ele escapou por um triz - como se o escrito estivesse tentando manter o personagem principal vivo de qualquer forma, óhh! Maiores ainda é o número de vezes que ele, por mero acaso, conseguiu salvar a vida dos seus companheiros. Impressionante como eles conseguem se safar de tudo (wargs, globins, trolls), bem igual a vida real – só que não. Mas o sujeitinho Bilbo cresce, ganha coragem e confiança em si mesmo e vira Homem com H. Claro  que tudo isso tem a influência de um certo anel que ele achou ao conhecer um tal de Gollum, mas isso é história pra outros livros...
Intrigada com a exagerada sorte de Bilbo, procurei saber mais sobre os motivos que levaram Tolkien a escrever o livro, e descobri algo ÓBVIO: o Hobbit foi escrito para crianças. Ashamed of myself. God, porque eu não percebi isso?! Tolkien queria abrir as portas do mundo da fantasia para a garotada, assim como fez o seu amigo C. S. Lewis.  E eu conheço muitas crianças que poderiam tirar algum proveito das lições de vida aprendidas pelo Sr. Bolseiro em suas andanças. E muitas crianças-grandes também.
Para mim este na verdade é um livro para todas as idades. Os ensinamentos ali contidos valem mais do que qualquer tesouro guardado por um dragão. E todos deveriam compartilhar com o hobbit a função de ladrão e guardar egoisticamente para si algo da história. Afinal, o livro é o ponto de partida de uma história maior ainda. De uma história... PRECIOSA!


"_ Aonde você foi, se me permite perguntar?
 Disse Thorin a Gandalf 
enquanto os dois cavalgavam.
_ Fui olhar à frente - disse ele.
_ E o que o trouxe de volta bem na hora?
_ O olhar para trás - disse ele."

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12 janeiro 2013

dia 12


Já se passaram doze dias desde o começo do ano. Será que todas aquelas coisas que você prometeu a si mesma, de olhos fechados, enquanto pulava as obrigatórias sete ondinhas, já começaram a acontecer?
Quais foram as suas juras?! Já começou a comer menos carboidratos?! Já parou de implicar com sua irmã?! Já está praticando algum exercício físico? Já apagou aquele número da sua agenda e aquele nome da sua vida de vez?! (...) Você já?! Porque eu não. Uma das coisas que recordo ter pensado ao romper do ano foi: vou escrever mais. Preciso escrever mais. Vou continuar meus projetos. Vou atualizar o blog.  Mas esse meu ano não começou no dia primeiro de janeiro. Nem o ano dos carboidratos, das irmãs, da academia...
“Meus anos” começam aos poucos. Na última semana de dezembro e na primeira semana de janeiro vivi o que posso chamar de um período de entressafra. Desencanei-me das minhas obrigações e dei um tempo. Um tempo pra mim, pra minha vida. Disse WAIT! as horas extras no estágio e aos intermináveis freelances. Dediquei mais tempo à minha família e ao meu noivo. Desapeguei da internet.
Porém, tudo que pára, recomeça. Não necessariamente no início do ano. Pode ser depois da primeira semana do mesmo, quando você chegou daquela viagem. Ou na próxima segunda-feira. Baianos como eu costumam dizer que o ano só começa depois do Carnaval. Mas eu não podia esperar o Carnaval passar para voltar à arquitetar, porque deveria espera-lo passar para voltar à escrever?!
Então, meu novo ano no Rascunhos e Borrões começa hoje – enquanto meus outros prometidos ainda estão em stand by. Não vou prometer escrever aqui sempre, mas sim sempre que tiver vontade. Prometo também não procrastinar minhas leituras (acontecimento inédito do final de 2012!), não atrasar minhas séries, não abandonar minhas idéias e escrever o que vier. E se por acaso eu falhar em qualquer uma dessas promessas, eu recomeço esse meu ano de novo ;)
Obrigada a todos que estão seguindo, comentando e incentivando o blog, seja por aqui ou na página do facebook. Em 2013 estaremos por aqui, com mais livros, mais ideias e mais inspirações!
E se você não começou a por em prática ainda nenhuma das suas juras de 2013, porque não começar agora?!

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Editado por Agnes Carvalho. Imagens de tema por andynwt. Tecnologia do Blogger.

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