30 julho 2012

A Rainha da fofoca em Nova York


                Muita gente por aqui quando criança já deve ter sonhado que sua vida poderia mudar da noite pro dia e de repente você ser uma princesa, sim?! Uma das grandes culpadas por alimentar esses sonhos é a Meg Cabot. Ela não sabia a quantidade de imaginários que estava mexendo quando publicou a série do Diário da Princesa.
                Um dos primeiros livros “grandes” que eu li foi justamente um livro da série, e a Meg logo me cativou com seus personagens simples e encantadores, e com sua narrativa limpa e fluida. Desde então, já devorei diversos dessa mulher, sempre em intervalos de tempo mínimos. E o mesmo aconteceu ontem, quando iniciei e terminei a leitura do livro “A Rainha da Fofoca em NY”, para o encontro do Clube do Livro Salvador deste mês.

                No segundo livro da série, temos a continuação da história da Lizzie, que volta de uma temporada na França, junto com o seu novo namorado – o fofo do Luke. Lizzie decide se mudar para big apple, e sempre otimista  e sonhadora, acredita que logo logo estará dividindo o apartamento dos sonhos com sua amiga Shari e trabalhando com o que mais gosta: moda. Mas a vida em NY muitas vezes não é tão fácil para os novos moradores da cidade...
A vida de Lizzie nunca deve ter passado por tantas mudanças em um intervalo de tempo tão pequeno.  Passado um período de turbulências, ela agora está morando na Quinta Avenida (!!!) com seu príncipe-encantado-possível-futuro-marido e ainda possui dois empregos! Com sua velha amiga Shari tudo também, aparentemente, vai bem, já que ela também está morando com Chaz.
Este é um livro com várias reviravoltas e surpresas na história original. Lizzie descobre coisas sobre si e sobre as pessoas ao seu redor, incluindo sobre aqueles que julgava conhecer profundamente. É tempo também de aprendizagem para Lizzie: ela está conseguindo guardar algumas coisas para si melhor do que poderíamos imaginar no primeiro livro. Mas até quando calar-se vale a pena?
A história começa um tanto parada, mas depois que engrena eu consegui me divertir um tanto com o passar dos capítulos. Porém, uma coisa me incomodou bastante: A Meg construiu um Luke tão perfeito e tão queropramim no primeiro livro, e não se aproveitou disso no segundo livro em nada. Ou não quis se aproveitar, para render o terceiro livro. Aliás, a Meg está se tornando a Rainha das enrolações em seus livros, tudo para render um título a mais... E passarinhos me contaram que ela desconstrói o garoto perfeito ainda mais no terceiro. Ai. 
Apesar de não concordar em nada com o novo rumo que a Meg conduz a série, apesar dos desdobramentos serem previsíveis, o final do livro te deixa imediatamente com a sensação de que você precisar ler imediatamente o terceiro livro e descobrir o que acontece finalmente com Lizzie e sua tagarelice. Afinal, o primeiro livro é um dos que mais gosto da autora e acho que devo honrar o meu compromisso (?) com a Lizzie e o Luke, ao menos para saber qual será ou final (ou não) do casal. Sério, eu preciso saber. Preciso ser fisgada (#3). E você também


Editora: Galera Record (2012)
Autor: Meg Cabot
Classificação:



Beijos,
A.


Ps: Sempre que leio um livro dela imagino como seria a adaptação para as telonas. Só eu que acho que eles tem a maior cara de comédias românticas levinhas e engraçadas?!

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29 julho 2012

Londres e a literatura


                Eu me apaixonei por Londres no ano passado. Sério, eu sempre achava que era mais do tipo “Paris”. Mas eis que fui surpreendida no último mês de novembro, quando em virtude do meu intercâmbio tive o imenso prazer de conhecer esta cidade. Fui sem expectativa nenhuma, mas quando a deixei lembro que estava encantada, totalmente de acordo com tudo de bom que tinha escutado falar e assinando embaixo. IN LOVE!
                E como a maioria por aqui deve saber, ontem ocorreu oficialmente a abertura das Olimpíadas 2012, lá na cidade em tons de cinza e do Big Ben.  Achei a cerimônia muito bonita e bem produzida, mesmo que em algumas poucas partes não tenha sido superado o que os chineses fizeram em 2008. Mas a linda homenagem que os ingleses fizeram à sua literatura superou e muito, inclusive às minhas expectativas!
                Eu realmente não esperava que esta homenagem fosse rolar... mas, caramba! Sendo a terra natal de nomes como Shakespeare, Jane Austen, J.K. Rowling, Lewis Carroll, J.R.R. Tolkien, C.S. Lewis, Emily Bonte, Dan Brown, Francis Bacon, Charles Dickens, James Barrie, Pamela Travers, etc etc etc... como isso poderia não acontecer?!  
                A sequência da homenagem foi bela e justa – e mexeu com o imaginário de muita gente ao retratar alguns dos maiores vilões ingleses (Cruela Devil, Capitão Gancho e Lord Voldemort) assustando os sonhos das criancinhas, que foram apaziguados com a chegada de nada menos do que dezena de Mary Poppins! E rolou até participação especial da J.K. Rowling, lendo um trecho de Peter Pan. Lindo, lindo, lindo! O tema da homenagem (os sonhos) foi escolhido pelo cineasta Dany Boyle surgiu a partir da frase "Somos da mesma substância que os sonhos”, escrita por William Shakespeare na peça “A tempestade”.

J.K. Rowling lendo o primeiro capítulo de Peter Pan.

E a noite foi salva pelas babás Mary Poppins!

                É incrível ver a literatura sendo destaque em um evento deste porte. O mundo inteiro assistindo, e a Inglaterra expondo uma das coisas que melhor sabe fazer. Obviamente, fiquei logo imaginando como será no Brasil. Se fossemos fazer uma homenagem semelhante, o que homenagearíamos? Temos por aqui excelentes autores que se imortalizaram em seus livros: Machado de Assis, Monteiro Lobato, José de Alencar, Drummond, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Paulo Coelho... mas os únicos que realmente possuem renome internacional são os dois últimos. Claro que o Brasil ainda é um país relativamente novo em relação ao Reino Unido, mas seria tão bacana se mais alguns de nossos conterrâneos fossem referências internacionais, de modo que pudéssemos exibi-los também, quem sabe, em 2016, não é?! Principalmente aqueles que escrevem literatura infantil... 
                É... ontem me apaixonei por Londres outra vez. E, confesso, também senti uma pontinha de inveja.
Beijos,
A.
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27 julho 2012

Copos com propósitos


Quem conhece a Starbucks sabe que a marca é quase a Coca-Cola dos cafés.  Aliás, quem não conhece a Starbucks, não é?! Apesar de aqui no Brasil só o Rio de Janeiro e São Paulo terem franquias em funcionamento – me corrijam se eu estiver errada! -, impossível nunca ter ouvido falar na loja da sereia verde, ou nunca ter visto a mesma como plano de fundo em algum filme norte-americano. Eu, quando vi pela primeira vez uma loja deles na minha frente, dei uns bons pulinhos e logo provei meu primeiro café da rede.
Além de se destacar pela qualidade e pelo preço de seus produtos, a marca também se destaca pelos seus copos: eles são uma importante estratégia de marketing para a empresa. Até os mais simples são personalizados, pois os atendentes escrevem os nomes de cada cliente neles. Os copos comemorativos são as coisasmaisfofasdomundo! Sério, dá vontade de ir nas lojas e pedir o copo puro, não?!
Copos Natalinos - Starbucks
E, passeando pela blogosfera, descobri no blog fofo da Lohana e da Vanessa uma campanha que a loja Starbucks vem desenvolvendo desde 2005 . A campanha chamada “The Way I See It” reúne uma coleção de pensamentos, opiniões e expressões fornecidas por figuras notáveis  impressas nos copos da rede, sobre diferentes temas, com o objetivo de fomentar algumas discussões.
Achei a iniciativa bastante interessante, queria ter um (ou todos!) copinho desses na minha coleção, fosse para decorar a minha estante ou para servir de porta-lápis. Porém, a campanha vira-e-mexe dá o que falar lá na Terra do tio Sam: muitas organizações protestam contra algumas citações que a Starbucks escolhem para compor seus copos, pois alegam que por ora as citações são pró-Deus, outras anti-Deus; ora contra o homossexualismo, ora pró.... enfim, a polêmica parece ser um dos carros-chefes da empresa, o que só aumenta ainda mais a propaganda gratuita.

Vejam alguns exemplos dos copos da campanha “The Way I See It”:

 
"Eles te contaram que a beleza está nos olhos de quem vê. O que eles falharam em te dizer é que ela é melhor vista com os olhos fechados. O que você parece não é importante. O que é importante é o que você é por dentro e as escolhas que você está fazendo na sua vida."



jbriz: "A infância é um país estranho.  É um lugar onde você vem ou ir para - pelo menos em sua mente.  Para mim, tem uma coisa, sem fim encantado em que ela se sente remoto.  É como um país fechado-abóbada pouco de ar bolo e manchas de grama, onde o que você faz, em vez de trabalho é de rotação até que você esteja tonto "-. Lyall Bush, diretor executivo de Richard Hugo House, um centro para escritores e leitores.

"A infância é um país estranho. É um lugar de onde você vem ou pra onde você vai - pelo menos em sua mente. ara mim, tem uma coisa sem fim, fascinada por algo remoto. É como um pequeno país de  'bolos de respiração' e manchas de grama, onde você, em vez de trabalhar é de rotacionado até que esteja tonto. "





seductionisdestruction: The Way I See it # 152Perhaps pessoas que pensam: o céu é o limite "não ter ouvido falar de Yuri Gagarin.  Vivemos em um mundo ilimitado, mas se pretendemos baixo nós vamos com certeza errar o alvo.
"Talvez quem pense  "o céu é o limite "não  deve ter ouvido falar de Yuri Gagarin. Vivemos em um mundo ilimitado, mas se nós miramos baixo vamos com certeza errar o alvo."

E vocês, gostam da marca?! O que acharam da iniciativa?!


Beijos,
A.
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25 julho 2012

A culpa é das Estrelas


                Há algum tempo atrás uma amiga comentou comigo sobre uma passagem de um livro que ela tinha lido no tumbrl. O livro em questão era Quem é você, Alasca? do fenômeno norte-americano John Green. Foi o meu primeiro contato com o Green.  Não lembro o motivo pelo qual não comprei o livro na época, mas ficou plantada em mim a semente da curiosidade.
                Foi quando, neste ano, tive a oportunidade de ir ao evento do tour da Intrínseca aqui em Salvador, e como não dizer que meus olhos não brilharam quando vi projetado na tela que a Intrínseca iria lançar aqui no Brasil o novo livro do Green?!  E que capa linda e simples, meu Deus.  Queria aquele livro enfeitando a minha estante, fato.  E queria matar de vez a minha curiosidade pela obra do Green. Foi nessa mistura de entusiasmo e ansiedade que comprei o livro logo em seu lançamento na Saraiva, devorando-o em dois dias.

              

                Em A Culpa é das Estrelas somos apresentados a dois adolescentes encantadores: Hazel Grace e Augustus Waters. Hazel luta contra um câncer em estado terminal – ou melhor, luta contra si mesma, já que o câncer também faz parte dela.  Augustus, um garoto com um charmoso sorriso torto, está teoricamente livre de um câncer que lhe levou sua perna e busca um modo de viver sua vida de forma que seja lembrado por algo após a sua morte.
               Este poderia ser um drama comum, de dois pacientes que se apaixonam e que são obrigados a lidar constantemente com o fantasma da morte. Mas não é. Este não é um livro sobre o câncer. Green consegue fazer com que enxerguemos tanto a Hazel, quando o Gus ou qualquer outro de seus amigos como adolescentes normais, com medos e dramas iguais a qualquer outro da mesma faixa etária. As relações humanas são o verdadeiro foco do livro. E Green é tão bom nisso que por vezes, enquanto lia, esquecia que Hazel dependia de um cilindro de oxigênio para respirar (o qual ela levava consigo para todas as partes, como um bichinho de estimação), que o Gus tinha uma perna amputada ou que o Isaac era cego. E passei a ver eles como se fossem meus novos amigos. 
O livro é narrado em primeira pessoa, pela carismática Hazel. Hazel tem câncer, mas não foi ela que decidiu tê-lo. A culpa não era dela, nem dos pais dela ou dos médicos.. era de quem, então?! Essa é uma das muitas reflexões que somos instigados a fazer durante a leitura do livro. Até agora estou surpresa com tudo o que foi relatado no livro, com todas as coisas que aprendi, principalmente relativas ao câncer. É interessante e doloroso observar os questionamentos e a aceitação que o câncer provoca. Hazel e Gus lidam com a morte diariamente, fazem piada sobre ela, acompanham tanto a evolução de seus quadros quanto os olhares curiosos das pessoas nas ruas. E ainda assim, com tantos problemas, eles conseguem se apaixonar, e conforme eles vão se descobrindo nos presenteiam com um amor doce e puro. Lindo, lindo, lindo.
Eu me surpreendi, ri, chorei e me emocionei com a história do Green. Surpreendi-me também com a narrativa dele: algumas vezes calma e agradável; outras, porém, intensas. Palavras são repetidas, vírgulas suprimidas, tudo para que você seja conduzido a sentir um milésimo do que se passa dentro de cada personagem.
Confesso que no princípio estava um tanto receosa por se tratar de um livro voltado para o público juvenil, mas ACEDE é um livro tão cativante que derruba qualquer tipo de preconceito, e deixa uma bela mensagem para todas as idades.
Aconselho que você leia esse livro agora. Não ler seria uma grave harmatia . Ou, pelo menos, não lendo, você não descobrirá o significado dessa palavra no livro. Não verá o quanto Green foi influenciado por Shakespeare, não descobrirá porque A Culpa é das Estrelas. Não lendo, você estará perdendo uma série de diálogos fantásticos, e as também fantásticas metáforas do Gus. Não lendo, você também não saberá que alguns infinitos são maiores que outros, e que todos somos granadas em potencial.

Ok?!
Ok. 


“Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa:
existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. 
Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. 
Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2,
 ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros… 
Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho 
do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números 
do que provavelmente vou ter.”


Editora: Intrínseca (2012)
Autor: John Green
Classificação:

Beijos, 
A.

Ps: Soube que os direitos autorais para transformar o livro em filme foram comprados pela Fox 2000! Agora é só torcer para eles resolverem adaptar logo!
PPs: Saiba mais sobre o livro, o autor e outras curiosidades na Semana John Green que a Intrínseca organizou!
PPPs: Quer ler o primeiro capítulo? Clique aqui


Fan Art!

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24 julho 2012

Small Demons, você conhece?!



 Quem nunca quis se lembrar de
todas as cidades, filmes ou artistas 
citados em seu livro preferido?


Surgiu nos EUA, no ano passado, uma ideia que está revolucionando o mundo das redes sociais. Muitos aqui no Brasil ainda não conhecem o site  Small Demons, novo projeto de Valla Vakili, VP do Yahoo,  por isso vou falar um pouquinho dele aqui para vocês – se você sentir vontade de sair correndo para fazer um perfil lá, não me culpe! Já estou usando a versão em inglês e adorando! A página ainda está em teste, mas quem quiser já pode se inscrever.

A principal ideia do SD é fazer um paralelo entre a literatura e o mundo real. Por exemplo, ao clicar em um livro, você é direcionado para uma página que elenca quais outros famosos já citaram esses livros alguma vez em suas vidas, que tem um mapa dos lugares que são mencionados no livro, e que lista também as músicas, filmes, livros e até comidas, carros, eventos e etc que por ventura foram mencionados no livro! E você também pode entrar, por exemplo, na página do filme e visualizar todos os livros em que ele foi citado! O mesmo ocorre com os outros itens. Lindo demais,  né?!

O grande objetivo do site é satisfazer aqueles leitores, que, como eu, se apegam aos detalhes que muitos costumam deixar passar despercebidos. O SD é um bom instrumento para você que inveja aquele seu amigo que senta na mesa de conversa e consegue conectar os assuntos, filmes, pessoas e livros que leu em um só discurso. Ele não vai ser mais o único sabichão da mesa! Rá!

Estou me divertindo “brincando” no meu perfil, e espero que vocês também gostem! Só eu que achei o projeto incrível?! Espero que ganhe força, deixe de ser beta e  que algum nerd da computação crie a versão brazuca do site logo!

“'Wellcome to the Storyvers!”


Confira o vídeo-teaser maravilhoso deles!





Beijos,
A.

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22 julho 2012

O Livro das Coisas Perdidas


                Era uma vez...

                Que o mundo dos Contos de Fadas vira-e-mexe está em alta todo mundo sabe. Por exemplo, só no último ano, fomos presenteados com o lançamento de uma série baseada nos mesmos (Once Upon a Time) e com a estreia de dois longas-metragens com versões da história da Princesa da maçã vermelha.
   
Capa e Cartaz do filme Espelho, Espelho Meu..Capa e Cartaz do filme Branca de Neve e o Caçador  Capa e Cartaz do filme Once Upon a Time (1ª Temporada)
                A série Once Upon a Time, apesar de ter sido criticada no começo por conta de alguns efeitos mal feitos,  evoluiu, e é um sucesso absoluto. A sacada de interligar os contos de fadas parece ter atraído muitos espectadores saudosos de uma boa história, e todos aguardam ansiosos (como eu!) o lançamento da segunda temporada. Sou suspeita pra falar, pois eu adoro um conto de fadas e esta série está preenchendo uma pequena lacuna em mim, aos poucos.
                Dos filmes, achei ambos bons, de acordo com o que prometiam. Como muitos já devem saber, em “Espelho, Espelho Meu”  temos uma versão mais cômica e infantil do Conto: cenários mais coloridos, anões encantadores, figurinos apaixonantes... – apesar de muita gente só ter conseguido enxergar no filme a sobrancelha da Branca . Já  “Branca de Neve o Caçador” apresenta uma forma mais sombria do conto, com uma Rainha muito mais poderosa e ameaçadora. As cenas de batalhas foram muito bem feitas, assim como os efeitos visuais. E os figurinos da Rainha então..

O Livro das Coisas Perdidas   image


Editora: Bertrand Brasil (2012)
Autor: John Connolly
Leia o primeiro capítulo aqui!


         Foi nesse clima saudoso dos contos de fadas que eu comecei a leitura do livro “O Livro das coisas perdidas”. Escrito por John Connolly, conterrâneo da Marian Keyes, este livro conta a história de um menino chamado David, que viveu na época da Segunda Guerra,  e que muitas vezes me pareceu ser muito semelhante ao Henry de Once Upon a Time.
David é um garoto londrino de doze anos cheio de questões internas a serem resolvidas.  E, desde que sua mãe morreu, seus problemas só aumentaram, pois ele acredita que pode ter falhado em suas tentativas de salvá-la.  Ele sofre de alguns pequenos transtornos e tem um estranho poder: David consegue ouvir seus livros sussurrando! Entre convulsões e desmaios, são tantas coisas que acontecem com David, que ele tem receio até de comentar com seu psiquiatra, com medo de que o internem. 
                Quando seu pai se casa novamente, e David ganha um novo irmãozinho, as coisas só pioram. David se reclusa cada vez mais no mundo dos livros, ignorando a realidade ao seu redor, e é nesse meio-tempo que ele começa a escutar a voz de sua mãe, chamando por ele na floresta que rodeia o casarão em que mora. Injuriado com sua nova família e com o modo que as coisas estão acontecendo, David decide ouvir o chamado da mãe e acaba encontrando um mundo totalmente diferente e mágico, um mundo que antes só existia em seus livros. Cada um tem a sua forma particular de lidar com a dor, e David encontrou a dele.
                Então, realidade e imaginação se misturam. De repente, o menino se está em um Reino Encantado, rodeado por trolls, harpias, homens-lobos, heróis, um homem-torto e um Rei, que guarda seus segredos em um livro misterioso.  Como em Once Upon a Time, aqui também os conto de fadas são descontruídos e se conectam, e por meio das histórias contadas por personagens diversos, vamos conhecendo as maravilhosas versões dos contos e como eles se conectam com a história de David – e com as histórias que sua falecida mãe lhe contava. Só que este muito não é tão mágico assim... David passa por situações um tanto sombrias e assustadoras, mas que de certa forma contribuem para que ele lide melhor com seus medos e receios. E buscando o caminho de volta para casa, será que o menino conseguirá ao menos encontrar a si mesmo?!
                Apesar de o livro ser mais voltado para o público infantil, achei-o incrível! A história é fantástica, e cai bem em qualquer idade. E a narrativa do Connolly é excelente e tão descritiva que o livro parece ser narrado em primeira pessoa. Quando digo descritivo, esqueçam que isso pode ser maçante! Ele consegue dominar seu texto e mesmo quando vemos uma página sem diálogos (o que ocorre muito no princípio), conseguimos fazer uma leitura rápida e agradável, de tão envolvente que é. E Connolly consegue dizer muitas coisas nas entrelinhas, é só prestar atenção.
Arte gráfica do livro é impecável, começando pela capa que é um primor e ainda em relevo, e indo até a parte interna. Os capítulos iniciam-se por aquelas bem desenhadas, inseridas em quadro, sabe?! E os títulos também são uma graça! A Bertrand Brasil está de parabéns por ter trazido esta publicação para o Brasil e pela qualidade gráfica da publicação.
E você, que tal embarcar nessa aventura com David?! Quem sabe o que você tem perdido por aí também e que precisa encontrar?!

"As histórias queriam ser lidas, dizia, num murmúrio, 
a mãe de David. Precisavam disso, era por isso que 
forçavam passagem do seu mundo para o nosso. 
Queriam que as fizéssemos viver."

Classificação: 


Beijos,
A.
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20 julho 2012

Super Promoção! - Dia do amigo




Os blogs Amor de Livros, Meus livros, Meu mundo, Perdidas na Biblioteca, Um Best Seller pra Chamar de Meu, Rascunhos e Borrões e Segredos do Coração estão juntos para presentear seis sortudos com seis livros imperdíveis!

Afinal, hoje é 20 de julho, dia do amigo. E quer um amigo melhor do que um bom livro?!

O único amigo que te faz rir, chorar, viajar... é ou não é um amigo precioso?!

Por isso, aproveite a oportunidade de levar para casa um novo amigo.


Participe! São 06 maravilhosos exemplares que querem 06 novos amigos!

O sorteio será realizado no dia 19 de agosto, na ordem que se encontram no banner. Logo:


O 1° sorteado ganhará o novo amigo "Estilhaça-me"
O 2° sorteado ganhará o novo amigo "Deslembrança"
O 3° sorteado ganhará o novo amigo "A casa das Orquídeas"
O 4° sorteado ganhará o novo amigo "Para Sempre"
O 5° sorteado ganhará o novo amigo "Qual seu número?"
O 6° sorteado ganhará o novo amigo "Agnus Dei - A idade do sangue"

O resultado será divulgado em todos os blogs no dia 21 de agosto!



Inscreva-se no formulário Rafflecopter abaixo e boa sorte! 

Conheça um pouco mais sobre os livros sorteados:

   

Estilhaça-meJuliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra.



DeslembrançaToda noite, quando London Lane recosta a cabeça no travesseiro e dorme, cada mínimo detalhe do dia que viveu desaparece de sua memória. Pela manhã, restam-lhe apenas lembranças do futuro: pessoas e acontecimentos que ainda estão por vir. Para conseguir manter uma rotina minimamente normal, London escreve bilhetes para si própria e recorre à sempre fiel melhor amiga. Mas, quando imagens perturbadoras começam a surgir em suas lembranças, London precisa, de algum modo, escapar delas.





A casa das orquídeasQuando criança, a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações. Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem toda a verdade.






Para SempreA vida que Kim e Krickitt Carpenter conheciam mudou completamente no dia 24 de novembro de 1993, quando a traseira do seu carro foi atingida por uma caminhonete que transitava em alta velocidade. Um ferimento sério na cabeça deixou Krickitt em coma por várias semanas. Quando finalmente despertou, parte da sua memória estava comprometida e ela não conseguia se lembrar de seu marido. Ela não fazia a menor ideia de quem ele era. 


Qual seu número?Delilah Darling tem quase 30 anos e já se relacionou com 19 rapazes. Quando lê uma matéria no jornal em que a média de homens para uma mulher de 30 anos é de 10,5, fica desesperada e assustada por estar muito acima dela. Além de tudo, o artigo no jornal terminava falando que, se a mulher tivesse o número acima dessa média, seria impossível a pessoa certa. Na tentativa de não aumentar seu número, Delilah sai à procura de seus antigos namorados e tenta reconquistá-los. 



Agnus DeiEm A Idade do Sangue, podemos acompanhar a jornada de vampiros antigos, monstros sedutores. A jornada de recém transformados, como nossa personagem principal - que de forma alguma se encaixa no papel de heroína - e das pessoas que convivem com tais seres. Trazendo a tona uma lente psicológica e com um nível maravilhoso de verossimilhança a uma série de acontecimentos, que são nada além de naturais, se você considerar possível a existência do fantástico e do maravilhoso. 
Regras: 
1. Ter endereço de entrega no Brasil

2. Seguir todos os blogs publicamente pelo GCF

3. Chances extras: Seguir as redes sociais de todos e blogs e divulgar a promo no facebook compartilhando o banner da promoção publicamente. Lembrem-se: É necessário definir a postagem como "pública". Caso contrário, o ponto extra não será contado.

Inscreva-se no formulário Rafflecopter abaixo e boa sorte! 
* Não sabe usar o 
Rafflecopter? Clique aqui!







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19 julho 2012

Sete dias para uma eternidade

Sete Dias Para Uma Eternidade...

Zofia, A melhor agente da Central de Inteligência dos Anjos, é convocada na missão de vencer o mal que impera na Terra num prazo de 07 dias. Ao mesmo tempo em que Zofia recebe sua tarefa, Satã dá convoca Lucas para erradicar o Bem do planeta. Àquele que conseguir arrastar a humanidade para o seu lado será concedido o poder para administrar o novo mundo.


Título: Sete dias para uma eternidade (2004)
Autor: Marc Levy
Editora Bertrand Brasil


Apesar de poucos por aqui lerem Marc Levy, tenho certeza de que a maioria o conhece. Afinal, quem nunca viu o filme “E se fosse verdade”, protagonizado por Reese Witherspoon e Mark Ruffalo?! Lembrou-se, né? Pois bem, o filme foi baseado no romance homônimo do escrito francês Marc Levy. Eu nunca li o livro, mas acho o filme uma graça!
Sete dias para uma eternidade é o terceiro romance de Levy. Nele, somos apresentados a um universo cheio de humor, ternura e surpresas, em que o autor nos faz acreditar no inacreditável.
Zofia é a elite da CIA (Companhia de Inteligência dos Anjos), afilhada do Arcanjo Miguel. Uma alma perfeita. E trabalha arduamente entre os mortais prestando boas ações, salvando almas desviadas e evitando grandes desastres. Lucas é o pior dos demônios: irônico, arrogante, prepotente.  Não respeita nada, nem ninguém, inclusive o próprio chefe.  E sabe utilizar-se muito bem do que tem de melhor: sua lábia e seu charme.
Em um belo, do nada, o Senhor e Lúcifer (que ironicamente trabalham no mesmo edifício) resolvem fazer uma aposta decisiva para acabar com a rivalidade que eles alimentam há séculos: cada um enviará o seu melhor agente ao mundo dos homens, e no prazo de sete dias, o lado que conseguir maiores vitórias com os seus feitos será o vencedor e governará a Terra. Só que, quando organizaram esse duelo absurdo, o Senhor e o Presidente previram tudo, exceto uma coisa: que o bem e o mal poderiam se encontrar.  E se apaixonar.
Com o adiantar dos capítulos, vamos conhecendo os planos de cada um para vencer a batalha. E para mim, o Lucas se mostrou muito mais focado que a Zofia, A anja muitas vezes ficava perdida, sedenta de conselhos e opiniões. Com a inimaginável e repentina aproximação dos dois, é interessante observar também como um vai adquirindo alguns traços da personalidade do outro, deixando de serem puros tanto no bem como no mal. E surge um amor inexplicável – pelo menos para mim. Três dias, gente?! E cada um já pensa em abandonar suas ideologias assim para viver um lado completamente oposto?! Então... E para os que leram “E se fosse verdade”, este romance marca a volta do inspetor Pilguez. Só eu que adoro quando personagens de outras histórias de um mesmo autor surgem para “unir” as tramas?!
Sete dias para uma eternidade é um livro rápido, com os capítulos corridos, sem muitos detalhes, profundidade ou viradas na história. E isto me incomodou, pois estou acostumada com livros mais descritivos, menos superficiais. Aliás, por conta disso a história me pareceu muito mais um grande conto do que um livro. Devo confessar que me decepcionei um pouco também com o enredo clichê, pois esperava que pelo menos a questão anjo x diabo fosse melhor aprofundada, o que não ocorreu. O possível romance entre os dois e as características pessoais de cada um é que tomam o livro.
Porém, o filme tem alguns bons diálogos, principalmente quando os personagens do Senhor e do Satã estão presentes. Os dois parecem um casal ranziza que após tanto tempo de brigas, acabam se suportando. E o Lucas é pintado como a sedução em pessoa, creio que deve ter feito muitas menininhas e senhorinhas francesas suspirarem. O final, então, é uma grande surpresa. Não vou contar, mas apesar de ter me decepcionado por Levy ter conduzido muito mais o livro para o lado do romance, eu dei boas risadas no final. Não vou contar mais nada, antes que saia um belo spoiler! Haha

"É a coisa mais bela que eu inventei! 
O amor é uma parcela de esperança
a renovação perpétua do mundo, 
o caminho para a terra prometida. Eu criei a diferença 
para que a humanidade cultivasse a inteligência
um mundo homogêneo seria triste de morrer! 
Além do mais, a morte é apenas um momento 
da vida para aquele que soube amar e se fazer amar."



Classificação: 


Beijos,
A.
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16 julho 2012

Na volta da Esquina

         Quem é que não gosta de poesia?! E de Mário Quintana, minha gente?! Quando vou ler uma das poesias desse grande poeta, sempre tenho certeza de antemão que serei de alguma forma afetada por futuras palavras... palavras belas e singelas, mesmo quando simples. 
Por isso nesse fim-de-noite quero deixar com vocês a dica de um livrinho de poesia: Na volta da Esquina, de Mário Quintana. É fininho, são apenas 106 páginas em formato A6, mas a leitura é magnífica. Desde que o encontrei, em meio aos emaranhados e livros de meus pais, o tomei para mim, e ele passou a habitar minha estante. 
          Mas não se engane: apesar de curto, e com passagens mais curtas ainda, o livro diz muita coisa. Quintana consegue se inventar e se re-inventar, como gênio que é, em seus pequenos textos: ora é um menino que sonha escrever poesias até envelhecer; ora é um velho que é descrito por suas poesias. Quando menino, é travesso, sonhador, de uma imaginação ímpar... E quando velho, continua a escrever poesias como quando menino, quando enxergava sempre as coisas do mundo com curiosidade. E assim a alma deste nosso grande e saudoso poeta nunca envelhece. Nunca envelhece... Prova disso é o quanto ele ainda é presente e citado no mundo da literatura.

Alguns excertos aleatórios do livro:

idéias
Não sou desses que pensam uma coisa e no outro
dia pensam outra coisa muito diferente. 
Eu penso as duas coisas ao mesmo tempo.
 Não tenho culpa de ser ecumênico. 

nada
O nada é a palavra que mais assusta o comum das gentes. 
Mas, para exorcizá-lo, ninguém precisa ir aos padres, 
às mães-pretas, aos índios velhos, ao diabo: 
basta ir a um dicionário e verá que o nada não existe. 
Sim, é uma coisa tão absurda como a existência do mundo…

a data
Sim, o mais triste das dedicatórias são as datas.

dos livros
Há duas espécies de livros: uns que os leitores esgotam, 
outros que esgotam os leitores.



Título: Na Volta da Esquina (1978)
Autor: Mário Quintana 
Coleção RBS - Editora Globo 




* Para quem quiser adquirir o livro: infelizmente, acho que vai ser difícil encontrar ele novo. Uma boa dica é procurar em sebos locais! 



         Pra quem curte poesia e gosta do Quintana, este livro é um achado! E você, gosta de poesia ou fica só na prosa mesmo?!

Classificação: 




Beijos,
A. 
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15 julho 2012

Rascunhos viajantes


Ontem assisti ao novo filme do Walter Salles (direção maravilhosa, reconheço!), “Na Estrada”. Gostei em partes do filme... assim assim.... achei que os anos sessenta não foram representados em seu espírito total: muito sexo, muitas drogas e sem aquela dose de revolta característica. Mas soube por fonte seguras que o famoso livro do Kerouac é bem mais completo e crítico, e fiquei mais aliviada. Juro que não estava entendendo tanta fama, até porque o livro não tinha a trilha sonora e a bela fotografia  que fazem o filme valer mais a pena.
Infelizmente vi o filme antes do livro, mas mesmo assim estou motivada a ler ele quando tiver oportunidade. É interessante entender as buscas e questionamento do protagonista nas viagens, e acompanhar o seu crescimento através de erros e acertos.  E foi justamente quando estava pensando em ler o livro que pensei em outros livros com a temática road trip. E descobri que não conheço muitos lançados por aqui não  – uma pena, pois eu adoro livros que envolvem viagens. Fazer viagens pelas estradas dos Estados Unidos é tão comuns nos livro e filmes norte-americanos..  E muitos deixam a gente com aquela vontade de sair por aí também, sem rumo, só com um mapa e um tanto de amigos.  Acredito que essa temática não é muito comum nos livros lançados no Brasil (muito menos nos publicados) porque não possuímos a cultura desse tipo de viagem..  Quem sabe em um futuro próximo?! Até porque antes eram raros os livros envolvendo intercâmbios por aqui (tanto traduzidos quanto escritos por autores nacionais), e agora com essa onda de todo mundo indo pro Canadá, pra Europa, já temos muitos exemplos de livros sobre esse tipo de experiência, e alguns muito bons!
Depois de ver o filme bateu aqueeela vontade de largar faculdade, estágio, e tudo por aqui outra vez, só que dessa vez pra sair pra me perder pelas estradas desse nosso continente. E ir escrevendo todas as sensações no meu caderno de rascunhos... Já fiz pequenas road-trips.. digo pequenas não nas distâncias, mas sim na quantidade de dias... afinal, Salvador – BH, Salvador-Rio de carro não é pra qualquer um!

Alguém aí já fez uma road trip?! Ou tem algum livro bom do gênero pra indicar?!

            Beijos!

Livros com temáticas de road trip – Não publicados por aqui, eu acho!
Não li nenhum ainda, só as sinopses e descobri que estou louca para ler todos, apenas! 


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