22 outubro 2013

Começando... um conto.

                Hey, gente! Quanto tempo, hein?! Vão perdoando o sumiço... Mas nos últimos meses minha vida passou por momentos insanos, que envolveram:  1. TFG de arquitetura; 2. TFG; 3. TFG; (...) 54. Colação de grau; 55. Solenidade; 56. Comemorações; 57. Ainda não caiu a ficha.
                Após onze semestres de faculdade, muitas noites em claro, seis meses na Espanha, pensamentos que oscilavam entre amor e ódio, finalmente o ciclo se fechou. Agora sou Arquiteta e Urbanista diplomada com láurea (UHUL!) pela UFBa. AMÉM!
                Não vim aqui para falar de como foi gratificante concluir este curso, nem para falar dos meus projetos futuros dentro da minha graduação. Quero somente comunicar que agora que as coisas parecem estar voltando novamente aos eixos, vou apertar o play em algumas coisas que ficaram em stand by na minha vida – acredite, foram muitas.
                Uma delas foi a escrita. Empolgada agora com essa onda de depressão pós-formatura + tempo livre, me inscrevi em uma oficina de contos para ver se me empenho mais nesta arte e se aprendo um pouco sobre os mesmos e suas facetas.
                Vou compartilhar abaixo com vocês o conto que escrevi hoje rapidamente na aula, na minha dinâmica de apresentação. Na verdade, como comentado na aula, não foi bem um conto, pois: 1. não tenho experiência com os mesmos; 2. ficou parecendo mais a introdução de um romance. Culpa desse gênero que não me larga.
                Na aula, tivemos que escolher uma palavra e iniciar uma história. A minha palavra foi: dedicação. Esta foi apenas a minha primeira tentativa, escrita em 10min. Ao longo das semanas vocês poderão acompanhar, aqui no blog, a minha evolução.
                Enfim, sem mais delongas, eis aqui o bendito:



DEDICAÇÃO

   Os dedos frágeis de Ana percorriam com nostalgia os embolorados porta-retratos da cristaleira de Aurora. Na primeira imagem, ainda colorida apenas por tons em escala de cinza, lá estava ela aos onze meses, ensaiando seus primeiros passos.
   O olhar, curioso como o de um felino, já marcava a sua personalidade, e denotava a recusa em caminhar segurando a mão da mãe.
   A segunda fotografia trazia a menina aos seis anos, em uma daquelas antigas e típicas fotos escolares. O mesmo olhar, a mesma sede. Você aprendia tudo num pulo, observou Aurora.
   Em seguida, aos onze, como vencedora de um projeto para a feira de ciências. O que a fotografia não revelava a quantidade de tardes que ela se empenhou naquele trabalho.
   Passado os anos, Ana cresceu. A sede por coisas novas também. Tinha aprendido que melhor do que questionar, era procurar novas perguntas sem respostas.
   Ana, a neta dedicada de Aurora. Ana, a aluna laureada do curso de Química. Ana, que mesmo em tempos Porém, esta mesma Ana, que tem resposta para tudo o que lhe perguntam, ainda tem perguntas que ninguém buscou responder. É, Ana. A vida tem dessas coisas. 

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Editado por Agnes Carvalho. Imagens de tema por andynwt. Tecnologia do Blogger.

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